“Pé no chão” foi um apelido dado pelos paulistas aos soldados do 3º Corpo Auxiliar da Brigada Militar, vindos de Palmeira das Missões para lutar na Revolução Constitucionalista, em 1932.
– O pessoal recrutado eram soldados provisórios, não tinham patente, não tinham nada. Eles foram lutar em São Paulo com o fardamento, só que muitos deles eram pessoas que não tinham o hábito de usar calçado, eram caboclos e viviam um sistema bastante rudimentar. Por conta disso, as botinas logo incomodaram e eles se desfizeram delas, só que não podiam jogar fora, porque a perda de uma peça/uniforme militar rendia punição, então eles as amarravam na cintura, faziam as marchas e lutavam de pés descalços –, afirmou o funcionário público e professor de História, Henrique Pereira Lima.
Reconhecimento
A coragem dos soldados de Palmeira das Missões, que preferiam lutar descalços e com facões ao invés do uso de arma de fogo não passou despercebida nem aos olhos dos grandes generais da época, muito menos à população das décadas que se seguiram. Além do monumento Pé no Chão, feito de alvenaria e idealizado pelo secretário de Cultura de 2012, Antonio Leo Rodrigues, estudioso da cultura riograndense e palmeirense, o troféu de primeiro lugar do Carijo da Canção Gaúcha, um dos maiores festivais de música nativista da atualidade, leva o nome de troféu “Soldado Pé no Chão”.
Fonte:Vanessa Harlos - vanessa.harlos@folhadonoroeste.com.br
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