Fui as tais Bossorocas, já que a ponte, ficava no outro extremo da cidade, e seria uma visita inviável devido ao tempo. Sai do centro rumo ao interior, passando os trilhos do trem, e a uns 3 km da cidade, me perdi em um entrocamento, e avistei um senhor, caminhando, devia ser um morador e lá fui eu indagar se conhecia as tais Bossorocas. Era um senhorzinho bem humilde, que até ficou surpreso com a minha pergunta. Disse ele: - Não faço ideia do que é isso meu filho. Ixi! É isso acontece. Como já havia acontecido nas Guaritas de Caçapava, muitas vezes a população local, mal conhece seu atrativo turístico, ou conhece por outro nome. Aí expliquei que queria saber onde ficavam os buracos fundos, do Macaco Branco. Aí o tiozinho entendeu. E começou a contar que era um lugar perto da estrada, muito bonito, que um médico queria comprar certa vez, e assim... assim. Muito atencioso em sua simplicidade, dizendo que até reportagem de jornal fizeram lá. Se tivesse tempo passaria a tarde ouvindo as histórias do velhinho, mas como o tempo era curto, me situei mais ou menos, e parti antes que chovesse, pois, a cara do tempo naquele dia não era nada animadora. Só eu mesmo para uma indiada dessas em dia cinzento em pleno inverno gaúcho. Mais um km e perguntei de novo, para um senhor que estava tirando leite de uma vaca, próximo a estrada. E me indicou que dali mais 2 km, haveria uma santinha a esquerda a beira da estrada, e lá eram as Bossorocas. E a chuva começou com pingos espaçados e grossos. Achei a Santinha! Bem acanhada, a beira da estrada, com uma escada escavada na terra vermelha, e sem placa alguma de identificação. Ao subir as escadas, vi umas duas placas de madeira, com inscrições bem pagadas, uma dizendo missões, e a outra não consegui ler. E me enfiei mato a dentro. O lugar é uma propriedade particular a beira da estrada, mas de livre acesso, apesar de nenhuma estrutura. Mas logo se vê os grandes buracos, parecendo ao meu ver ao menos, quenions formados pela erosão. Dentro existem arvores grandes até. O lugar é bem inusitado. Não sei se chega a ser uma das 30 maravilhas do Rio Grande, como li certa vez, mas é interessante, pra quem gosta de aventura no mato. Tirei as fotos que deu, em meio a chuva grossa que começou a cair. E só eu lá, na beira daquele despenhadeiro, tomando chuva no lombo. E infelizmente devido a chuvarada, não pude ficar muito tempo, nem tentar descer, para ver o vale de baixo, fiquei só na borda, sozinho entre diversas arvores, e pensando que se uma cobra me picasse aquela altura, não pegava nem celular pra pedir socorro. Tive então que voltar pro carro, e como o tempo estava estourando, sair voando para pegar minha mulher em São Vicente. E a Ponte do Entroncamento teve que ficar pra próxima.
fonte:http://impressoesdeumexbeduino.blogspot.com.br/search?updated-min=2015-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2016-01-01T00:00:00-08:00&max-results=8
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