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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Caverna da Pulquéria.São Sepé.RS.2016



A algum tempo tinha lido no blog do Magro Borin, sobre a Gruta da Pulquéria, tão perto de casa, a 60 km de Santa Maria, RS, onde moro, e tão desconhecida Reza a lenda que foi o local de morada de uma india e seu companheiro, que morreu nas lutas jesuíticas, e a india permanece na gruta, até hoje a espera de seu amado. Mas o que aguçou mesmo minha curiosidade não foi a lenda em si, mas as belas caverna e grutas, que vi nas fotos do Blog do Borin. Então depois de muito planejar, eis chegado o dia, uma bela tarde de sol, do veranico de maio gaúcho. Antes dei uma volta pelo centro de São Sepé, que confesso nada sabia, cidadezinha sem muitos atrativos, uma bela praça, igreja, aquele ar interiorano, idosos sentados na praça jogando damas, tirei umas fotos da praça, e da estatua de Sepé Tiarajú, lider guerreiro indigena, que padeceu a lutar contra os espanhóis pelas terras gaúchas. E parei no posto da brigada militar para pedir informações, e o praça foi bem solicito, me explicou bem direitinho onde era o local. Então seguindo as orientações peguei a estrada em direção a Vila Nova do Sul, andando uns 20 km, por estrada de chão, mas boa estrada até, sempre pegando a esquerda, passando a fazenda da Pulquéria, andei mais um pouco cheguei a fazenda do Marco, eis o local.  É uma grande propriedade rural, e qual não foi meu encatamento ao ser surpreendido por três emas, correndo livres entre a lavoura. Linda cena. Pena que os bichos são rápidos e não consegui uma boa foto. Ficou a duvida se são animais nativos do pampa gaúcho, ou espécimes de estimação da fazenda. Me perdi pelo tamanho do lugar, e pedi informações para alguns capatazes, que estavam na lida campeira, tocando um rebanho de gado. E uns dele foi muito atencioso, e explicou que eu teria que pegar a esquerda logo após, o "mataburro" da entrada da fazenda, andar um pouco, e na porteira antes da lavoura de soja, pega a direita, e eu acharia. Me fui, como sempre sou péssimo de entender explicações, mas me perder é uma das emoções das viagens. Estacionei o carro, próximo a cerca, e desci do carro e fui indo de apé, entre uma lavoura alta, e meu coração começou a disparar, e comecei a sentir um vento mais frio, e fui seguindo a cerca e um mato alto que se formava, e como uma intuição, parecia ser guiado, e saber onde era a gruta. E fui me enfiando, tentando, não pensar que estava sozinho, e se uma cobra que pegasse, seria difícil pedir ajuda. Até que começa aparecer no solo, entre o pasto alto, locais de pedra, e vegetação amassada, só podia ser a entrada da gruta. E fui me embrenhando e descendo, e o coração acelerado, misto de medo e excitação. E entre a vegetação finalmente a gruta se revela, como um buraco escuro no solo, e fui descendo, uns 3 metros, e qual minha realização, ao ver que o lugar é bem grande, imensos paredões de pedra, escavados pelo tempo, pra mim muito mais cavernas que grutas. Pois a formação rochosa é grande deve ter uns 10 metros de altura, e se estende por um longo caminho, onde fui me enfiando entre os grandes buracos na rocha, e a cada fenda ultrapassada, mais rochas, e mais caminhos. O lugar é grande, e muito interessante.  desbravei o que pude, mas vi que para ver tudo, iria demorar muito tempo. Realizado, e com a alma recarregada, dei jeito de sair da caverna, e voltar  com o carimbo de Indiana Jones renovado. 

Um comentário:

  1. Muito legal o relato. Deu para ter uma ideia da extensão da caverna? Se mais de 100 metros, menos e tal? Será que me consegue as coordenadas exatas do local? Peço enviar para o email paleotocas@gmail.com . Muito obrigado desde já. Prof. Heinrich Frank - UFRGS

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